Afinal já conhecíamos bem a forma de jogar da Global.
A partir da baliza, onde está o melhor guarda-redes do último campeonato, a Global assenta o seu jogo numa defesa sólida que só muito raramente sobe no terreno lançando repetidas bolas em profundidade, privilegiando assim o contra ataque, aproveitando a rapidez dos seus dois elementos mais avançados.
Apesar de possuir alguns bons jogadores é no colectivo e na forte disciplina táctica que assenta a principal mais-valia da equipa.
A única forma de contrariar este tipo de jogo teria sempre de passar por uma solidez do nosso jogo colectivo com posse de bola, passes rápidos e certeiros fazendo circular a bola entre a equipa à espera de uma abertura, de um espaço vazio, ou de uma oportunidade de remate.
Da mesma forma, teríamos de optar pelo remate de meia distância dada a falta de espaços na área.
Mas nestes aspectos falhámos.
Não tivemos uma posse de bola tão forte como de costume, falhámos passes em demasia que originavam imediatos contra-ataques e raramente rematámos de longe à baliza.
Nestes aspectos só podemos queixarmo-nos de nós mesmos.
Mas não estivemos tão mal assim.
Assumimos o jogo, exercemos pressão e tivemos oportunidades de golo.
Contudo, frente a uma equipa cínica e competitiva como a da Global a mais pequena falha pode ser fatal e foi de novo essa a nossa sina.
Um lapso defensivo, na segunda ida da Global à nossa baliza já a meio da 1ª parte, originou o 0-1 num lance
Até ao final da primeira parte a AMA tentou reagir mas sem resultados práticos.
Para a segunda parte a AMA voltou com vontade e determinação reforçada. Dominámos mais, tivemos mais ocasiões mas caímos demasiadas vezes no erro do jogo directo para o Cardoso.
A Global, em face desse tipo de jogo mais previsível, anulou bem o nosso avançado e sentia-se confortável no jogo criando perigo no contra ataque estando muito perto do 2-0 quando, após um mau atraso de Rita, valeu a excelente saída de Tiago aos pés do adversário anulando o lance.
Contudo, quando na sequência de um canto, Flores apontou o golo da igualdade, a Global acusou um pouco o toque e a AMA teve então o seu melhor período desperdiçando três ocasiões flagrantes para dar a volta ao resultado (Alex, Flores e Resende) duas inclusive na mesma jogada.
Quando o 1-1 parecia o mal menor no resultado e até talvez um resultado justo veio então o nosso segundo auto-golo em dois jogos oferecer a vitória ao adversário.
Um pequeno comentário à arbitragem apenas para referir que um jogo que envolvia duas das equipas mais fortes do ultimo campeonato e talvez deste merecia um pouco mais de empenho do árbitro escolhido.
Sem ter tido influência no resultado foi demasiadas as vezes que respondia aos jogadores com a expressão ‘não vi’.
Até acreditamos. Mas não viu porquê? Porque apitando um jogo de longe, não saindo de um quadrado imaginário no centro do terreno, num terreno com fraca iluminação, é bastante provável que não veja mesmo.
Experimente correr um pouco mais e consegue ver igualmente um pouco mais, mas isso era um pouco mais cansativo…
AMA - Tiago, Timóteo, Rita, Alex. Resende, Nuno, Cardoso, Flores, Jorge, Pedro, Bruno, (Peter)
Golo - Flores
Acção disciplinar - CA Alex
de facto essa questão do arbitro é mesmo de lamentar, porque se ele não via, mais valia ficar calado e mexer as pernas para correr e ficar perto dos lances, mas enfim...
ResponderEliminarsó temos que aprender com os erros e já no próximo jogo fazermos melhor, muito melhor, porque consegue-se.