sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NOS CONFINS DE LISBOA

Entre Alcântara e a Ajuda o Instituto Superior de Agronomia possui uma extensão de terrenos inimagínável para quem passa do lado de fora dos muros.
O pseudo denominado complexo desportivo do ISA situa-se no extremo oposto da entrada principal e a viagem de automóvel até lá dura vários minutos por caminhos infindáveis e sem qualquer sinalização numa paisagem que nos transporta para o interior profundo do pais e onde só o vislumbre da ponte 25 de Abril, a espaços, nos recorda onde nos encontramos.
Mas se o ambiente envolvente é extremamente agradável se bem que extenso em demasia para o objectivo da nossa presença, a desilusão maior é-nos dada com as péssimas condições que encontramos ao nível das instalações desportivas.
A publicidade extremamaente enganosa colocada no site futebol7.com garantia "balneários de 100m2 equipados com cacifos individuais para que os utilizadores guardem os seus objectos pessoais". Ora na realidade os 100m2 englobam os sanitários, chuveiros e espaço das caldeiras num ambiente em porta aberta com bancos a meio sem cabides e várias equipas ao molho. Quanto aos cacifos são mesmo individuais porque são os sacos de cada um que cada jogador tem de levar para o campo dado não haver local nem segurança para os deixar no balneários. E depois o campo: diz o site que "os novos campos estão servidos por 4 torres de iluminação com 12 projectores cada com um total de 48 holofotes. Esta iluminação é unica na capital e está ao nível de muitos estádios em Portugal". Só não diz que o campo não é novo, é um campo de râguebo onde pintaram na transversal dois campos paralelos de futebol de 7, com marcações em azul escuro que mal se notam, com as torres de iluminação a ficaram nos quatro cantos do relvado grande distribuindo mal a luminosidade para os campos de 7 com a agravante de muitos dos tais 48 holofotes estarem desligados. Como se tal não bastasse as redes estão em mau estado suportadas por tubos de ferro que mal se notam e constituem um risco para a integridade fisica dos praticantes (o António que o diga) e, para cúmulo, as balizas apresentam as redes rotas e em estado avançado de degradação e soltas com situações caricatas como um tronco de árvore a servir de "pisa papéis" para a rede nu fundo da baliza.
Quanto ao jogo, nestas condicionantes, proporcionou a vitória por 5-2 à equipa B, a que melhor funcionou colectivamente e que, por essa via, acabou por controlar o jogo utilizando o contra ataque como arma principal.

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